“Às vezes, o silêncio de um traidor fala mais do que mil gritos de guerra.”
A noite caía sobre Thunderwoof com um peso estranho, como se o próprio ar sussurrasse alertas invisíveis aos mais atentos. Não havia vento, não havia vozes — apenas a respiração contida da fortaleza. A inquietação era palpável, mesmo entre os mais experientes.
Clarice parou diante do portão de pedra esculpido com runas antigas, nos níveis inferiores do templo. Seus olhos varriam o corredor como se buscassem algo que ainda não havia acontecido. Ao lado dela, Kaelen permanecia em silêncio, braços cruzados, ombros tensos.
— Ele não dorme há mais de vinte horas. Kael o manteve acordado, como você pediu. — disse Kaelen, com a voz baixa. — Idran se recusa a dizer qualquer coisa... até agora.
Clarice assentiu, inspirando profundamente.
Ele sabe. E agora, está esperando. Ou pela redenção... ou pelo colapso.
Ares surgiu pela lateral do corredor, a túnica preta dos julgamentos internos pendendo sobre os ombros larg