A sede principal de Thunderwoof estava mergulhada em silêncio quando Clarice cruzou o grande salão de pedra. Cada passo ecoava como um prenúncio, reverberando entre os pilares que sustentavam séculos de histórias e guerras. Ares vinha logo atrás, com Elion, Maelis e Nara flanqueando discretamente os dois.
Idran já os aguardava ao fundo, sentado no trono dos anciãos, com o corpo inclinado para frente e os olhos cinzentos cravados nela. Outros três anciãos — Albrecht, Sione e Tyrem — já estavam dispostos ao redor da mesa circular de pedra rúnica, como os juízes de um tribunal invisível. Havia algo no ar que parecia mais denso que o próprio tempo.
A chama azulada, guardada na urna ancestral que Clarice levava contra o peito, vibrava em silêncio. Cada fio de energia parecia se mover sob a pele dela como correntes líquidas prestes a se romper.
— Estávamos esperando por você, comandante Clear — disse Idran, sua voz grave, quase profética.
Clarice assentiu, sem hesitar.
— O que tenho a dizer