O sol parecia mais alto do que deveria. A arena vibrava em expectativa, mas havia algo estranho no ar — uma tensão que não vinha só da luta, e sim da respiração contida de todos que assistiam.
Clarice limpou o canto da boca com as costas da mão e devolveu a garrafinha vazia ao guerreiro. A água desceu por sua garganta deixando um gosto metálico sutil. Mas era só água… ou deveria ser.
Ares observava da plataforma, os punhos fechados, os olhos em Clarice.
Mas antes que ele pudesse pensar mais, o gongo soou novamente.
Saphira avançou com fúria. Seus movimentos estavam mais agressivos, mais certeiros, como se esperasse esse momento — como se soubesse que algo dentro de Clarice estava prestes a ceder.
Clarice defendeu os primeiros golpes, mas sentiu.
Os músculos das pernas pareciam um pouco mais pesados. A visão, por um milissegundo, falhou nas bordas.
*** Lyanna...
*** Foi a água. Clarice… a poção estava lá, foi assim que ela derrotou todos os oponentes. Está em nosso sistema.
Clarice deu