Helena ainda estava parada em frente ao espelho quando sentiu o calor dele atrás de si. Adrian se aproximou devagar, sem pressa, até os lábios dele roçarem o ombro nu dela. Um beijo leve, quase reverente, que fez a pele dela arrepiar.
— Meu Deus, Helena… — a voz dele saiu rouca, refletida no espelho com os olhos escuros. — Você vestida assim deveria ser um crime. Está deslumbrante e com um ar de menina malvada pronta para acabar com a festa de alguém. Literalmente.
Os dedos dele deslizaram pelo braço dela, subindo devagar, traçando a curva do ombro até o pescoço. Ela fechou os olhos por um segundo, sentindo o toque queimar.
— Se eu continuar te olhando e sentindo seu perfume, não vamos sair desse quarto — ele murmurou, beijando o ponto logo abaixo da orelha. — Está pronta?
Ela respirou fundo, abriu os olhos e encarou o próprio reflexo. A mulher no espelho definitivamente não parecia a mesma Helena de semanas atrás, mas sim, uma mulher disposta a ir até o fim para fazer Isabelle pagar.