Agora estou deitada sobre o peito dele, o coração ainda acelerado. O quarto está mergulhado em um silêncio cálido, e tudo parece diferente. Meu corpo ainda vibra com a sensação de tê-lo, da entrega mútua, do vínculo que agora arde em meu pescoço e em minha alma.
A respiração de Kain é lenta, pesada. Ele desliza os dedos lentamente pelas minhas costas.
— Você está bem? — pergunta com a voz rouca, sussurrada contra meus cabelos.
— Estou… — respiro fundo, fecho os olhos — Só pensando que você também merece uma marca.
Ele solta um riso baixo, preguiçoso, e sua mão para no meio das minhas costas.
— Creio que isso não seja possível — diz num tom brincalhão. — Vai que… aparece outra loba pelo caminho.
Me afasto de seu peito num sobressalto, os olhos arregalados, sentindo o gosto amargo do ciúme subir pela garganta.
— O quê? — encaro-o, incrédula.
Ele gargalha, divertido, e me puxa de volta com um movimento sóbrio, mas cheio de carinho.
— Estou brincando, minha loba teimosa. — Sua risada vai s