CAPÍTULO 45 – APOIAR NÃO É PERDER
WILLIAM
Eu passei a noite pensando.
Não em controle.
Não em medo.
Mas em algo que eu raramente permitia a mim mesmo: como apoiar sem prender.
Na manhã seguinte, encontrei Ana na mesa, cercada de livros, folhas e lápis.
— Você acordou cedo — comentei.
— Não consegui dormir — respondeu. — Fiquei pensando na prova.
Sentei à frente dela.
— O que exatamente eles exigem?
Ela me mostrou o edital.
Li com atenção.
— Isso não é impossível — falei. — É método.
Ela me encarou, surpresa.
— Você… vai me ajudar?
— Vou — respondi. — Se você quiser.
O sorriso que surgiu no rosto dela não foi exagerado.
Foi genuíno.
E isso me acertou em cheio.
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ANA
William não tomou o controle.
Ele sentou ao meu lado.
— Vamos dividir isso em partes — disse. — Horários, conteúdos, prática.
Ele organizou tudo com a calma de quem constrói empresas.
— Você aprende rápido — comentou, observando meus esboços.
— Porque você explica sem me fazer sentir burra — re