CAPÍTULO 12 — PRIMEIRAS IMPRESSÕES
ANA CLARA
Eu achei que já tinha visto casas grandes em novelas. Mas nada, absolutamente nada, me preparou para aquilo.
A mansão tinha mais janelas do que eu tinha visto num prédio inteiro. Tudo brilhava, tudo era enorme, tudo tinha um cheiro diferente — um cheiro de lugar caro, limpo e elegante.
E, por algum motivo, tudo isso me fez sentir… menor.
Eu segurei firme minha mala e respirei fundo. Não era hora de desmoronar. Não agora.
Theo correu para dentro, animado, e eu fui atrás, meio perdida, meio encantada. O chão era tão polido que parecia que eu ia escorregar. As luzes eram quentes, e cada canto tinha arranjos florais que parecia que ninguém nunca tocou.
— Ana, olha! Meu dinossauro favorito ficou bem aqui! — Theo apontou para uma prateleira com brinquedos organizados demais para serem de uma criança de quatro anos.
Sorri.
— Então é aqui que você mora?
— Uhum! Vai ser aqui que você vai trabalhar também! — ele disse com orgulho, como se eu tivesse