Âmbar.
Assim que chego ao meu camarim, um peso parece esmagar meu peito. A adrenalina ainda pulsa em minhas veias, mas a euforia da dança é rapidamente substituída por um sentimento opressivo. Direto para o banheiro, levanto a tampa da privada e me debruço, despejando todo o conteúdo do meu estômago. Forço o vômito até sentir o ardor na garganta, enquanto lágrimas quentes ameaçam escapar dos meus olhos. Não posso me permitir chorar agora. Não antes de chegar ao meu lar, ao meu refúgio.
— Minha deusa, o que aconteceu? — A porta do banheiro se abre de forma abrupta, e Michael entra, a preocupação estampada em seu rosto.
— Apenas um mal-estar, Michael, mas já estou bem. — Levanto-me, ligando a torneira para lavar o rosto. Olho para o espelho e vejo uma mulher determinada, mas, por dentro, sou um turbilhão.
Depois de escovar os dentes e eliminar o gosto amargo do vômito, coloco um roupão sobre a roupa do show.
— O que houve? Você nunca passa mal depois de dançar.
— Ele está aqui. — A simp