Âmbar.
— Vai dançar hoje? — Ketlyn entra no meu quarto, me observando.
— Tenho um número solo no pole dance hoje. — Dou uma última olhada na roupa e pego minha bolsa.
— Ruth brigou na escola hoje.
— Por quê? O que houve?
— Uma menina riu de seu trabalho, disse que seu desenho era estranho.
Ruth herdou o dom da pintura do pai e, mesmo com apenas 9 anos, seus desenhos são impressionantes.
— E ela não levou o desaforo para casa.
— Não, ela bateu na menina e levou três dias de suspensão.
Respiro fundo, lutando contra o peso da culpa.
— Eu já conversei com ela sobre isso. Ruth tem se tornado uma garota rebelde, e eu não sei mais o que fazer.
— Ela só quer um pouco mais da sua atenção, Âmbar. Você tem se descuidado dela.
— Sem sermão, Ketlyn. Meus dias já têm sido desgastantes demais para você vir me dizer como devo cuidar da minha filha.
— Você se perdeu querendo mostrar ao mundo que não é mais aquela menina boba e sofrida de antes, mas isso só tem alimentado seu corpo, não sua alma.
A pon