Âmbar.
Eu estava perdida. As palavras martelavam na minha mente, como se precisassem se fixar para que eu realmente compreendesse. Quando saí do hotel, deixando tudo para trás, não pensei no que faria da minha vida dali em diante. Não tinha um lar para onde voltar. Eu não tinha terminado o colégio e, sendo menor de idade, ninguém me daria um emprego. Saí apenas com minhas roupas e algumas lembranças insignificantes, porque era tudo o que eu tinha.
Por mais que tentasse me livrar de tudo o que vinha dele, mantive apenas o fone de ouvido que Christopher me deu quando nos conhecemos. Eu sabia que não devia me apegar, mas a verdade é que ouvir minhas músicas era a única coisa que me transportava para um lugar onde a dor não alcançava, e eu não podia abrir mão disso.
— Para onde eu vou levá-la, menina? — perguntou o motorista do táxi, enquanto eu tentava controlar as lágrimas.
Eu havia entrado no carro sem rumo, só com a ideia fixa de ir o mais longe possível de Christopher. Mas agora, enc