— Ele é um deles, não é? Dos mafiosos que tentaram te matar e atiraram em mim — pergunto a Sami, que está na minha frente, no escritório.
— Não — diz com calma.
— Não? É só isso que você tem para me dizer?
— Vou te trazer uma bebida, você está precisando.
Observo Sami sair. Estou tremendo, minhas mãos estão tão geladas que não sinto as pontas dos dedos. Eu acabo de ser ameaçada por um gangster.
Quando a porta se abre, os dois entram, e Sami me entrega uma taça de vinho.
Viro a bebida de uma vez, sob os olhares atentos dos dois.
— Gostou? — Sami pergunta, olhos na taça.
— É o pior vinho que tomei na vida. Tem gosto de ferro. Se isso é o que vocês servem aqui… não vão durar muito na cidade.
Ninguém responde, e o silêncio deles é uma resposta em si.
— Não quero mais trabalhar aqui — continuo. — Amanhã vou até a polícia e formalizar uma…
— Não vai adiantar — Cael me corta, sua voz baixa, mas agressiva, domina o ambiente. — Isto está acima da polícia.
— Por que aquele homem falou em cl