Zara sobe para o escritório e eu corro atrás de Cael. E assim que ele passa pelas portas dos fundos da Nox, para o beco, seu caminhar trava. Sentiu o meu cheiro, provavelmente.
O ar frio da rua agride o meu rosto, e mesmo na escuridão do beco, quando ele se vira para mim, nossos olhares se encontram.
— Você armou para mim. — começo. E, de um jeito estranho, minha voz sai fraca. Eu não tinha percebido, até então, como isso me magoou. Não até falar em voz alta.
— Foi você que me entregou para Volkov — continuo — só porque queria matá-lo.
“Eu precisava que você cometesse um crime, Volkov. Para eu poder te matar sem problemas com o conselho.” Ele mesmo tinha admitido isso para o Sentinela, na minha frente.
Cael dá um passo à frente, maxilar tenso, e uma sombra de tristeza e culpa atravessa a sua expressão quando, por reflexo, eu dou um passo atrás.
— Você não entende, Lexi… — a voz dele também quase falha — …eu precisava fazer isso. Quando ele te chamou de pecado maior… ele não ia descans