As vozes deles ainda estão na minha cabeça, sinto o olhar de Eryon na minha pele… “você me deixou com fome”. Tudo me parece cada segundo mais … estranho.
O olhar de Cael sobre mim, a forma como Zara entrou na sala com ele e meu peito ardeu de ciúme… Ciúme de um cara que que mal conheço, e que parece detestar até o som da minha voz.
Eu deveria sair daqui. Deveria correr, ficar longe dessas pessoas.
Mas meus pés correram para o lado errado. E acabei me escondendo no quarto dele, como se fosse o único lugar onde agora eu consigo pensar.
Abro as cortinas até o final, e abraço meus joelhos na cama. A cidade lá fora é exatamente a mesma, pessoas seguem suas vidas, completamente alheias aos gangsters que ameaçam pessoas sem motivo, aos homens com vozes de anjo que parecem fazer o tempo voar… aos ferimentos de tiro que se curam em minutos…
De repente, a maçaneta gira e meu corpo inteiro enrijece.
Cael entra. E o quarto parece pequeno demais.
Seu olhar encontra o meu e trava. Ele está pálid