São sete cadeiras largas demais.
Sete tronos de madeira escura e trabalhada alinhados em um semicírculo. Uma luz branca e forte vem do teto, iluminando o centro e deixando o resto da sala na penumbra. Teatral demais, é assim o palco deles.
E sentados nos tronos, os mesmos de sempre, conselheiros. Formas brancas, com luz no lugar do rosto. Sem feições, só um brilho que te cega se você olhar por muito tempo. As vozes surgem do nada, parecendo que vieram do espaço.
Se sentem deuses. Mas são só anjos.
Gabriel comanda. Ao lado dele, os outros servos: Uriel, Rafael, Miguel...
Anjos, os malditos síndicos do universo. Os humanos se enganam sobre eles, esses cretinos nunca têm piedade de ninguém, só são burocratas celestiais.
— O vicarius de Caelith foi atacado em seu próprio território. — Azriel começa. — Caçadores. Quero autorização para contra atacar aquela igreja.
Os seis atrás se comunicam entre eles, não posso ouvir o que dizem.
— Negado. — Responde Gabriel, sem sequer olhar para o