Abro os olhos. O teto é alto, branco, sem enfeites, e a luz que entra pelo vão das cortinas pesadas é discreta. Leva um segundo para o meu cérebro processar que não estou no meu apartamento. Estou no quarto de Cael.
A cama é enorme, macia, com lençóis completamente brancos. Duas mesas de cabeceiras largas como mesas de centro, chão de pedra fria com tapetes claros e um closet gigantesco. Só esse quarto já é maior do que o meu apartamento inteiro.
Estou sozinha. Não sei onde ele dormiu — ou se dormiu.
Mas o vazio dessa decoração fria me lembra da noite anterior e da minha nova e forçada realidade: ameaçada por um… tipo de… gangster, e me refugiando com os dois homens mais enigmáticos que eu já pude imaginar. Homens que me perturbam… mas me atraem. Principalmente um deles — o pior dos dois.
Saio, e exploro o apartamento: um espaço aberto gigantesco, quase um estúdio, com janelas que vão do chão ao teto, que mostram uma vista deslumbrante da cidade. Sofás de couro escuro, mesas de cen