HANNADE VOLTA A MANSÃO, Vejo um dos seguranças subir minhas malas, Dimitri me deixou aqui e foi direto para a sede resolver suas pendências, ele mal esperou que chegassemos em casa para, mais uma vez, dar prioridade ao seu cargo de capô. Não evito revirar os olhos ao pensar sobre isso. Olho em volta do hall de entrada, acabo pensando que está, é a casa a qual viverei pelo resto da minha vida, e ao lado de Dimitri. O pensamento me agrada, estar ao lado dele não me incomoda, mas eu ainda não gosto da Rússia e vai demorar para que eu de fato, me acostume com o vazio que ficar longe da minha casa na Itália me causa.Flashback on—Fiz uma sobremesa nova! - Minha mãe entra na sala com uma travessa de vidro e alguns talheres e um sorriso de orelha a orelha de empolgação.—Eric, vai provar. - Minha tia Death, empurra meu pai na direção da minha mãe.— Não estou com fome. Vai você.—Você é o marido. - Ela rebate, e meu tio repete a frase, concordando.Ele vai até minha mãe, mas não sem antes
HANNA—Como é? - Não esconde sua indignação e surpresa, com certeza não era isso que esperava ouvir, muito menos no tom que usei.—Não é segredo que você era uma prostituta baixa. não estou te julgando, só colocando os fatos na mesa.—E posso saber por que está colocando esses fatos sobre a mesa? Que eu saiba você nem me conhece.—Eu conheço. Tenho todas as informações que eu quiser sobre qualquer pessoa na palma da minha mão. - Gesticulo, fazendo meu dedo indicador dar uma volta em sua órbita. —E com você não seria diferente.—Aonde quer chegar? —Eu não gosto que entrem no meu caminho, e eu costumo destruir todos que fazem, ou tentam fazer isso. - semi cerro os olhos por um segundo, a expressão dela se torna cada vez mais amedrontada, as vezes dá uma olhada ao redor do ambiente vazio, como se procurasse socorro. —E você, entrou no meu caminho.—Como? Se eu nem te conheço?—Desde que você voltou do prostíbulo, a atenção da Kelly foi toda piedosamente para você. - aponto, deixando m
DIMITRI ANTES QUE EU LIGUE AS ESCUTAS da sala, onde sei que Hanna está, a porta é aberta por Daria.— O que quer? - paro imediatamente o que eu ia fazer, não estou com paciência hoje para aguentar Daria com mais uma desculpa mal armada para ficar ao meu lado.-—Vim falar sobre uma coisa com você....— O que é desta vez? - ergo a sobrancelha. — Eu não vou me casar com Ivan futuramente, ou namorar com ele mais. - Suspira, a cabeça baixa.—E por que não? — Porque eu te amo, Dimitri. Sempre amei e não tem outro que possa mudar isso...- nega. — Ele também não me ama, não sente nada por mim.— Daria...- suspiro, levando o dedo até às temporas, massageando a área para aliviar a cólera.—Eu sei que vai dizer o que sempre diz, mas precise que me escute...a Hanna não é boa pra você. Me dê uma chance de te fazer feliz, de te provar que ela não é quem diz, não é quem você pensa...- se senta na poltrona a minha frente. Arqueio a sobrancelha, me perguntando se ela diz isso por descaso par
DIMITRI — Senhor Devan, tem certeza que devo fazer isso? - a empregada olha o vídeo com hesitação, ganhando um olhar ríspido de mim que a faz abaixar a cabeça.— Coloque algumas gotas disto no suco da minha mulher, a quero desacordada a noite toda.— Sim....sim senhor. 06/11 22:34PM, Moscou Daria ultrapassa a porta, e a dou a ordem de a trancar. Ela o faz imediatamente sem questionar mas sei que não imagina o porquê.— Por que me chamou a está hora?— Disse que me amava, não é? - Afrouxo a gravata e ela assente na mesma hora.— Mais do que qualquer coisa...— Quero que me dê o que guardou para mim.— Aqui? Agora? - olha em volta.— Sim. E em troca vou te fazer minha mulher e primeira dama da máfia Salazar, mas não quero uma palavra disso com Hanna. - Falo sério. — Vou ser sua esposa? Vai deixar Hanna? - ela não evita colocar um sorriso no rosto e eu concordo.— Falaremos disso depois. Venha. - mando, e ela como já o esperado, o faz. Andando até mim e a paro com uma ordem
HANNA07/11, 08:40AM, MoscouAcordo com um leve dor de cabeça, ao me sentar na cama vejo pela fresta da janela de vidro que já é manhã. O frio severo da Rússia soprando do lado de fora. Não me recordo do que aconteceu para que eu tivesse tanto sono na noite passada, ao deitar na cama, meu corpo já havia desligado.Dimitri sai do banho com a toalha na cintura, ao me ver sentada na cama, ainda coberta ele não desmancha a expressão seria, mais do que o comum e a palavra certa seria sombria.Ele anda para o closet em silêncio e quando sai já vestido e arrumado, me deixa sozinha no quarto. 7/12 19:45 PM, Moscou— Sabe sobre Mateo? - Pergunto a uma das empregadas que passa por meu caminho.— O vi sair há algum tempo senhora, ele não parecia bem.— Alguma ideia do por quê?— Não, senhora. - Concordo com a cabeça, seguindo meu caminho pelo escritório. Então Mateo está triste, ele é previsível o suficiente para que eu saiba exatamente ele está.Bato na porta duas vezes antes de en
HANNA— Eu amo e sei que tenho que deixa-la, que ela vai ser feliz com ele, mas mesmo eu tendo outra, não sei se posso ser feliz sem ela. - Ouvir isso era exatamente o que eu queria a princípio, mas vendo sua expressão e voz de derrotada, mágoa e os olhos azuis com um fundo de desespero e dúvida fazem com que, mais ainda, a faca fervente cravada em meu coração corte-me por dentro. — Você vai encontrar a sua felicidade em outro lugar, ninguém sofre por um amor perdido para sempre. Mas se está aqui é para fugir disso, das duas...- me aproximo um pouco dele, o cheiro do seu antigo perfume que não mudou desde a adolescência está misturado com o de álcool.— E eu posso te ajudar....por um momento não vai se lembrar de nada. - Eu preciso deixar uma lembrança a ele, mesmo que ele não vá associar a mim de maneira consciênte, seu subconsciente alguma hora vai tornar a lembrança de Penélope em uma lembrança minha. Será nossa despedida.Seu olhar paira por alguns segundos na borda do copo que
DIMITRI /11 03:47PM, MoscouQUEBRO UM COPO, O JOGANDO na parede, o barulho do vidro se estilhaçando ecoa. Mesmo completamente embriagado, não só pelo álcool mas também pelo ódio, segui Hanna até seu destino. E meu ódio só aumentou, ela é muito pior do que minha mente que já viu de tudo é capaz de imaginar, Penélope. Ela é a Penélope, me seduziu se passando por outra mulher. Não existe explicação lógica para que tenha feito isso. Queria me enlouquecer?! Fazer minha mente pesar por ter traído ela? Me testar?! Foi se deitar com aquele maldito novamente. Mas ela vai pagar, os dois vão pagar por brincar comigo em baixo do meu teto.Flashback on — Estou aqui porque você descobriu, não porque me quer mas eu não ligo, serei sua de qualquer maneira e você vai me amar. Eu e o nosso bebê, um filho legítimo seu. Você sabe que tem muitas chances de que aquele bebê não fosse seu...Flashback offEsse pensamento perturba minha mente desde que Daria proferiu essas palavras. Encho mais um copo
HANNAEU ME OLHO NO ESPELHO, a base esconde as olheiras profundas e arroxeadas de meus olhos, devido a noite mal dormida, e as lágrimas que não paravam de rolar. Ao chegar pela manhã, Dimitri já estava no escritório, bêbado, e eu decidi não conversar. Exausta demais paga brigas naquele momento, e ocupada demais pensando na minha culpa.— HANNA - O barulho do meu nome sendo gritado a todos os pulmões sucede o barulho de fortes pisadas de solto no corredor e antecede o estrondo da porta do meu quarto. Kelly tem em sua face, a expressão mais furiosa que já vi em seu rosto.. — O que aconteceu? - pergunto sem dar muita importância.— Você foi na minha casa e teve a audácia de AMEAÇAR A MINHA IRMÃ.— Ah, isso. - sorrio, confirmando com a cabeça. — Sim, eu fui até sua irmã para dar um aviso a ela.—Você é louca...- Murmura exaltada, andando de um lado para o outro. — Não sou louca, Kelly. Só estava...- penso em uma maneira de explicar em boas palavras. — Cuidando da nossa amizade,