DIMITRI ESTÁTICO, VEJO A MULHER QUE prendeu minha atenção há pouco, no palco. Ela passa por mim - encostado no bar - e sorri sem exibir os dentes, deixando uma piscada ao desfilar entre as pessoas, meu pescoço acompanha seu andar até onde é possível, antes que ela suma do meu campo de vista.Eu fico com a cena que passou há poucos segundos em mente, meu corpo reagiu a sua presença e seu sutil gesto do que acho que foi um flerte, ela tem algo grandemente famíliar mas não consigo assimilar a quem. Seus cabelos longos em um loiro escuro balançavam a medida que ela se movimentava na barra, a franja que cobria sua testa se movia levemente quando ela jogava o cabelo para trás, seus olhos eram castanhos, mas não foi possível ver o exato tom pela escuridão do lugar. Todos ao redor se silenciaram, observando cada movimento que seu corpo vazia, e todas as suas acrobacias ousadas me deixaram em êxtase, e quase sinto culpa por não recriminar as vontades e pensamentos que senti, mas não culpo
HANNASEUS OLHOS QUEIMAM A MINHA pele com o fogo que emana, ele exala fúria pelos poros. O clima tenso possui o quarto junto a um silêncio desconfortável e mortal. Engulo em seco.—Dimitri, como pode continuar dando ouvidos à implicância da sua mãe depois de tudo? Sabe que ela me odeia desde o primeiro dia que me viu, e por nada.—Ela disse que estranhou a sua proximidade com seu primo, e quando falei com um dos seguranças, ele não negou que em um dos dias que eu estava ausente, você passou um bom tempo dentro do quarto com ele. O Que você estava fazendo, Hanna?! - Puxa meu pulso, a área fica dolorida pelo aperto impiedoso que ele dá, sinto a pulsação ficar mais fraca.—Como?!...- Franzo o cenho, o olhando Horrorizada. - Estavamos apenas conversando, Dimitri! Mateo é da minha família, nós crescemos juntos e eu já te disse isso milhões de vezes. Já ficamos muito juntos e assós, antes mesmo que você aparecesse em nossas vidas, e nunca houve nada entre nós. — Não importa como era ante
HANNAJá pensou na hipótese de ficarmos afastados? -Claro que não, Mateo. se estou fazendo tudo isso, é por você, por nós. Não faria sentido nos afastarmos. -E o que você acha? Que eu vou continuar a viver de baixo do mesmo teto que você e outro homem? - Se ergue abruptamente. Recuo dois passos para trás, quase em choque por sua revolta repentina.-Eu já disse que não é por muito tempo. Nós vamos ficar juntos mas eu preciso que você tenha paciência, eu vou me divorciar dele.-Ah, é? E enquanto isso? Você acha que consigo dormir sabendo que você está dormindo com ele na mesma cama? Como você acha que eu me sinto? - Meus pulsos são presos na frente de meu corpo, segurados por suas mãos. -Se controle - corro o olhar de sua mão para seus olhos. - Nosso amor está a prova, se é tão forte como você e eu pensamos, vamos passar por isso. Você sabe que é o amor da minha vida, estive com você a vida inteira e isso não pode nos separar. - o olho com serenidade. Um olhar pedinte mas não t
HANNA15/08 15:23PM, MoscouDIMITRI PEDE LICENÇA PARA se retirar da mesa. Eu recuso seu convite para acompanhá-lo até a pequeno grupo de homens engravatados, três deles acompanhados de mulheres em trajes elegantes, como todo o resto de pessoas que ocupam o salão. Antes de sair ele deixa um beijo casto em meus lábios, e sorri, recebendo um breve carícia minha em seu rosto. Minha relação com Dimitri está cada vez melhor, mesmo com as contínuas tentativas de Ivana de o envenenar contra mim. Em contrapartida, Mateo está cada vez mais impaciente, mais enciumado e irritado com o tratamento que Dimitri o dá, de intruso, empregado, e ele não tem outra opção além de obedecer. E apesar da minha relação com Dimitri estar perfeita, seu ciúme só aumenta, sua possessão as vezes beira a doença.—Pensei que você fosse boa demais para vir a esse tipo de evento. - Kelly ocupa a cadeira ao meu lado, sua voz me tirando de meus pensamentos.—Eu não tinha muito o que fazer, e vim acompanhar o Dimitri. -
HANNA—Estou irritada, Dimitri. Sabe que não gosto muito desses eventos, mas gosto de estar perto de você mesmo que você não possa me dar atenção na maior parte do tempo, e como Kelly estaria... é sempre desagradável, mas hoje em específico, tive o desprezar de conhecer uma tal de Anastasia.—A vi lá, estava com Daria e imaginei que se conheceriam. —É uma cretina, quase fez um escândalo e disse que iria destruir a Kelly.—Aposto meu cargo que você interferiu.—Sim. Ela acha que tem algum poder porque um dia teve um caso com Gregory, e está certa de que Kelly roubou ele dela.—Anastásia é desequilibrada, fique longe dela. Gregory não vai deixar ela fazer nada com a sua amiga.— Ele não pode protegê-la de tudo.— Mas vai tentar, ele não admite mas está apaixonado por ela, e um homem apaixonado é capaz de tudo para proteger a mulher que ama.—Você seria capaz de tudo para me proteger, Dimitri?-Não há nada que eu não faria.—É por isso que eu te amo, você é um homem de verdade. - Segu
HANNA--Vai me dizer que Ivana não está satisfeita em apenas me irritar? O que ela fez?-Parece que ela não gostou muito do nosso primeiro encontro e então ela inventou pro Gregory que me viu flertando com o segurança. - Que maldita...- Balanço a cabeça.- E o estúpido acreditou, não é?-Obvio, ela é a titia querida. - diz, revirando os olhos.- Você vai se vingar dela, Kelly. - Informo. -Eu vou? - Forma um bico nos lábios, franzindo o pescoço.-Claro que vai. Não pode deixar ela pensar que vai fazer o que quiser e sair impune- É... Tem razão, eu vou. Mas como?-Aquela velha maldita deve ter algum segredo, e você vai descobrir e acabar com ela.-É verdade, mas por onde começar? Espera já sei... - estala os dedos no ar. -Vou ligar para uma pessoa. Ah, Ivana. Você pingou a última gota d'água no copo, e agora eu vou te destruir como uma barata. Eu esperei longos meses por isso, e vou fazer isso com uma imensa satisfação me lembrando de todas as vezes que você tentou envenenar se
HANNA23/08 12:01AM, MoscouMEUS PÉS PISAM NO CHÃO gelado de porcelanato do banheiro, as gotas de água ainda caem do meu corpo nu quando saio da banheira. Me enrolo em uma toalha branca, saindo do banheiro e adentrando o enorme closet, minha imagem refletida no espelho longo cercado de lâmpadas de camarim. Em uma das gavetas escolho uma langerie La perla na cor vermelho sangue. O tecido de renda é encarado por mim quando está em meu corpo pelo reflexo. Um vestido da mesma cor cobre as peças e a cinta liga onde pouso um canivete, isso nunca muda. O decote generoso exibe um pouco de meus seios. Opto por saltos laboutin pretos, e finalizo com um batom também vermelho sangue. O que o espelho reflete é um dos motivos pelos quais eu sempre consigo tudo que quero, e pelo qual eu consigo enlouquecer facilmente todos os homens que me interessam, isso me faz sorrir em satisfação e admirar por mais tempo minha imagem. Meu olhar encontra com o de Dimitri no espelho, ele me olha estupefato e
HANNA—Droga, Daria quer que eu desça... Ela e ela a sogrinha inventaram de passar fotos minhas e do Gregory em um telão- Bufa. Era tudo que eu precisa escutar.— Vá na frente, Kelly. Eu já estou indo, Luiz, posso falar com você por um momento?—Nada disso, quero ficar e saber do plano... Eu sou nova no mundo dos vilões, tanho que práticar — Certo, mas sem objeções. - digo a ela. — Quero que faça o favor de trocar os pendrives quando descermos, e isso. - abro o computador e dou play. — Passe no telão—Tá, vou ser a parte racional... Você não pode passar um vídeo desse no telão e esperar que o Gregory e o Dimitri não investiguem, ninguém pode chegar até nós.— Que cheguem, Kelly. - dou de ombros. — Gregory não tem porque te culpar, a ideia foi minha e assumo qualquer culpa. E se Dimitri descobrir que fui eu, ele vai esconder do resto do conselho e dentro de casa, eu me resolvo com ele. E você - olho para Luiz — Não se preocupe com nada, vou fazer com que não desconfiem de você