O céu ainda estava escuro quando Fernando se levantou da cama sem fazer barulho. Ajeitou o lençol sobre Isadora com cuidado e caminhou até o banheiro. Lavou o rosto, encarou o próprio reflexo — olhos escuros, profundos, sem sono, mas cheios de algo que não via há muito tempo:
Fome.
Fome de justiça. Fome de sangue.
Fome de caçada.
Ele já sabia: a paz tinha sido boa, necessária... mas agora o Executor estava de volta.
Vestiu-se em silêncio, calça preta, camisa de algodão justa, coldre nos ombros, faca no cinto. Passou pelo corredor escuro da mansão até alcançar o elevador secreto, atrás de uma estante.
Desceu.
O ar do subterrâneo tinha cheiro de ferro, óleo e pólvora. Seus homens estavam em posição. O núcleo da Trindade, os mais leais, os que seguiam cegamente não Fernando, mas o Executor, já o esperavam.
Fellipo estava encostado no mapa de calor das rotas. Paolo, mesmo à distância, surgia no telão em tempo real. Leonardo já estava em campo, limpando uma das rotas invadidas.
E ali, dian