CAP- 110 O sol começava a se pôr quando Fernando estacionou o carro na garagem. O passeio tinha sido leve, um momento mágico para os três — mas agora o mundo real os chamava de volta. Isadora retirou Esperança do bebê conforto com cuidado, a pequena já dormindo profundamente, e entrou na casa seguida por Fernando, que carregava a bolsa da bebê com ares de guerreiro em missão especial.
Assim que passaram pela porta, tudo pareceu mais calmo. Mais familiar. Mais “deles”.
Isadora foi direto para o quarto com Esperança para colocá-la no berço, enquanto Fernando a seguia em silêncio, observando cada gesto com ternura. Quando a bebê finalmente adormeceu, ele se aproximou por trás da esposa, a abraçando com força.
— “Amanhã volto pro trabalho ,” ele disse baixinho, a voz carregando um peso que só ela conhecia.
Isadora virou-se de leve, o rosto próximo ao dele.
— “Eu sei... mas agora você carrega mais do que sangue nas mãos, amor. Você carrega amor no peito também.”
Fernando sorriu, o olhar se