SAVANNAH
Desperto com os primeiros raios de sol a entrarem pela janela, desenhando padrões dourados nas mantas da cama. Sinto o corpo quente, mas o outro lado da cama está vazio. Estico-me, abro os olhos devagar e oiço um barulho de loiça vindo da cozinha. Enrolo-me no robe de seda, deixando a lingerie à mostra por baixo, e sigo o som, ainda com os cabelos desalinhados e o corpo meio dormente.
Quando entro na cozinha, Ryder está de costas para mim, a remexer numa das gavetas, o cabelo ainda desalinhado, a expressão carregada. Aproximo-me, timidamente.
– Olá… – digo, a voz baixa, quase um sussurro.
Ele vira-se, olha-me de relance, e responde com um “olá” abafado, a cara abatida, os olhos fundos. Estranho logo a sua disposição.
– Está tudo bem? – pergunto, hesitante.
– Estou com uma dor de cabeça daquelas… – responde, continuando a procurar algo, distraído.
Aproximo-me mais.
– O que procuras?
– Uns comprimidos para a dor de cabeça. Não faço ideia onde os pusemos.
Toco-lhe no braço, tent