SAVANNAH
Estou sentada na sala da casa principal com Beth e Rose. Beth tenta explicar-me, pela terceira vez, como se faz tricô, mas aquilo não me entra na cabeça. Ela tem uma paciência infinita, mas eu só consigo rir-me das minhas tentativas desastrosas.
De repente, a porta abre-se e entra Suze, uma vizinha e amiga de infância do Ryder, com a pequena Willow pela mão. Suze parece envergonhada, mas há uma aflição no seu olhar que não me escapa. Rose levanta-se logo, com aquele instinto maternal que lhe é tão natural.
– Suze, querida, está tudo bem? – pergunta Rose, aproximando-se.
Suze pede desculpa, a voz trémula.
– Desculpem aparecer assim, mas aconteceu um acidente no trabalho com o meu marido. Preciso de ir até ao hospital.
Beth e eu trocamos um olhar preocupado.
– Mas está tudo bem? – pergunto, já a imaginar o pior.
– Ele cortou a mão com uma serra. Parece que atingiu um nervo e talvez precise de uma pequena cirurgia. Eu… não tenho com quem deixar a Willow esta noite, os meus pais