No seu primeiro dia na universidade, Josie acreditava que teria uma experiência universitária comum. Mal sabia ela que sua vida estava prestes a ser completamente virada do avesso. De forma inesperada, ela se vê lançada em um mundo repleto de intrigas sobrenaturais - e seu guia nessa realidade sombria e sedutora é ninguém menos que o diretor da instituição: misterioso, autoritário e perigosamente irresistível. Enquanto tenta se adaptar a essa nova rotina, Josie cruza o caminho de cinco homens tão enigmáticos quanto arrebatadores. Cada um deles guarda seus próprios segredos, poderes e desejos ocultos - e todos desempenham papéis cruciais em um jogo de sedução e poder que pode tanto protegê-la quanto destruí-la. Dividida entre o controle de uma força que mal compreende, ameaças ocultas e a tensão eletrizante com seus companheiros dominadores, Josie embarca em uma jornada de autodescoberta, força interior e uma paixão impossível de ignorar.
Ler mais(Ponto de vista de Josie)Meus pés descalços tocaram o chão com leveza enquanto eu avançava silenciosamente pelo corredor. Abri a primeira porta no caminho até a cozinha e soltei um suspiro de alívio ao perceber que era um banheiro. Usei o vaso sanitário e, em seguida, joguei água no rosto. O calor da lareira deixara minha pele quente, então abaixei a mão sob a torneira e levei um pouco de água à boca. O líquido gelado aliviou minha garganta seca, mas não foi suficiente.Saí do banheiro e fui até a cozinha. Abri três armários antes de encontrar um copo e, sem perder tempo, enchi-o com água. Mesmo depois de dois copos, ainda me sentia quente e com a cabeça pesada, efeito claro da desidratação. Então, parti em busca de ar fresco, mas parei assim que vi uma figura na piscina: as costas do Sr. Collins subiam e desciam lentamente, acompanhando sua respiração profunda e audível.— Você está bem, senhor? — Perguntei. Ele ficou imóvel ao ouvir minha voz, mas não se virou de imediato. Eu estava
— Você está bem, senhor? — A voz angelical de Josie pousou em mim como um bálsamo curativo, e absorvi o conforto que sua presença trazia por alguns segundos antes de compor minha expressão e me voltar para ela.— Sim, só nadei demais. Está tudo bem? — Enquanto perguntava, olhei discretamente por cima do ombro dela, tentando ver se estava sozinha. E estava. Aquilo me trouxe um alívio inesperado, mas também um peso no peito. Eu sabia que não era seguro estar a sós com ela.— Acordei com sede, então fui até a cozinha buscar água, espero que não se importe. Depois senti necessidade de respirar um pouco e saí, sem saber que você estava aqui fora. Desculpe se atrapalhei. — O sorriso nervoso dela me desarmou, e contive com dificuldade o impulso de beijar seus lábios perfeitos e carnudos. Ainda assim, não pude evitar a decepção ao perceber que ela não viera me procurar.— Tudo bem, você deveria tentar dormir mais um pouco antes das aulas. — Disse, voltando a nadar apenas para não ficar encaran
(Ponto de Vista de Deacon, também conhecido como Sr. Collins)Eu nunca quis ela dentro de casa, pelo menos não ainda. Não até que fosse realmente minha e estivesse pronta para se mudar, mas o que mais eu poderia ter feito? Ela estava com frio e exausta, e ainda faltavam pelo menos quarenta minutos para que eu pudesse levá-los todos de volta à academia. Não havia como deixá-la lá fora por tanto tempo. Quando a equipe de segurança finalmente chegou e retirou os dois sequestradores das nossas mãos, entramos e encontramos todos dormindo. Eu ia acordá-los, mas Axel e Mason me disseram que não a viam dormir tão bem desde que saíra do coma. Então, sem coragem de acordá-la, pedi que deixassem ela descansar. E pela manhã, eu mesma a levaria para a academia.Era como se o corpo dela soubesse que aquele era o seu lar, o lugar a que pertencia, ou talvez fosse porque eu estava tão perto. Ela costumava guardar o cheiro, colecionar roupas dos seus companheiros e fazer uma cama com elas, e foi assim q
Abaixei-me, segurei o pulso de Coner e pressionei o ponto que a bibliotecária havia indicado. Em poucos segundos, ele começou a se recuperar.— Continue segurando aí por mais um minuto. — Pedi, e seus dedos substituíram os meus no pulso enquanto eu me voltava para Molly para repetir o procedimento. Ela, no entanto, afastou a mão com uma carranca, e eu apenas dei de ombros.— Tudo bem, faça como quiser. Só queria ajudar você a se sentir melhor.Coner se virou para ela e mostrou o que precisava ser feito. Pouco depois, ela se sentou, já com uma expressão bem mais tranquila. Então, seus olhos percorreram o local antes de pararem em mim.— Que diabos aconteceu? — Perguntou.— Teletransportamos, é horrível. — Theo respondeu, atraindo seu olhar. Ela o observou com desconfiança por alguns segundos antes de cair na risada.— É difícil de acreditar, eu sei. Tive a mesma reação. — Sorri para ela.— Vocês sabem o que são, não é? — Coner perguntou.— Sim, e vocês? Sabem? — Franzi o cenho.— Não mu
A música parou de repente, e o ambiente ficou tomado por murmúrios preocupados enquanto os frequentadores do clube tentavam entender o que acontecia. Logo, as luzes começaram a brilhar com intensidade exagerada, uma vez que as pessoas sacaram os celulares, acendendo as lanternas.— Josie! — Coner gritou em tom de alerta, e eu me virei a tempo de vê-lo lutando para se livrar do aperto de dois homens que seguravam cada um um dos seus braços.— Soltem ele. — Resmunguei, cheia de determinação. Não tinha chegado até ali para perdê-lo justamente naquele momento.— Não se meta, garotinha. Você não faz ideia de quem somos. — Um dos homens bufou, me avaliando como se eu fosse uma formiga insignificante que ele poderia esmagar facilmente. Foi nesse momento que percebi: eles não faziam ideia de quem eu era. Aqueles dois não passavam de brutamontes enviados apenas para capturar Coner. Logo, um sorriso se formou no meu rosto.— Pensando bem, ela parece divertida. E, convenhamos, estamos mesmo preci
Busquei na memória a música perfeita que me ajudaria a me destacar em meio à multidão que dançava ao meu redor. Precisava ser algo que a maioria dos frequentadores da boate não soubesse acompanhar com facilidade, forçando-os a apenas balançar levemente, dançar colados ou sair da pista em busca de descanso ou de outra bebida. Isso abriria espaço para meus movimentos no chão e me tornaria mais visível para Coner. Havia uma música e uma coreografia específicas que, com certeza, chamariam sua atenção.No entanto, uma onda de relutância tomou conta de mim, pois aquela era uma coreografia contemporânea que eu havia prometido nunca mais dançar. Ela nascera de uma colaboração com o próprio Coner, numa época marcada por criatividade, esperança, risos e desejo. Tudo isso foi destruído quando descobri sua traição… Justamente na véspera da apresentação.Mesmo assim, os sentimentos daquele momento, por mais intensos que tivessem sido, pareciam pequenos diante do que realmente importava agora. O que
Último capítulo