Capítulo 57
Riley Collins
No prédio, subimos para a sala da entrevista. O gerente, um homem calvo e educado, explicou pacientemente a vaga. Boa remuneração, carteira assinada, benefícios, chance de crescer. O único detalhe era que, de vez em quando, quando faltava alguém da equipe, seria necessário ajudar a servir café ou limpar uma mesa rapidamente. Nada demais.
Emma fez uma careta como se tivesse ouvido a pior ofensa do mundo. Eu quase enfiei a mão na boca dela para calar. Mas ela conseguiu se conter, pelo menos na frente do gerente, e concordou com um sorriso falso.
Concluímos o processo. Ele prometeu ligar no dia seguinte com a resposta final. Descemos no elevador. Foi ali que Emma resolveu destilar todo o veneno.
— Isso é um absurdo, Riley. Eu não acredito que você me trouxe aqui pra uma vaga dessas. Servir café? Eu? Você acha que eu sou criada? Você acha que eu nasci pra isso?
Meu sangue ferveu. Eu respirei uma, duas vezes. Mas não deu.
— Olha aqui, Emma. — m