Rodeio e Sedução

Rodeio e SeduçãoPT

Romance
Última actualización: 2024-10-24
Ruby  En proceso
goodnovel18goodnovel
10
4 Reseñas
42Capítulos
1.5Kleídos
Leer
Añadido
Resumen
Índice

Quando o São João chega no interior, tudo fica mais colorido e com sabor. Nessa época do ano, até os dias mais tristes se tornam alegres e, volta e meia, alguma surpresa muito bem-vinda vem acalentar a vida dos que não tiveram tanta sorte no começo do ano. Cidinha, uma jovem de 19 anos, estava ansiosa para aproveitar sua última noite de são João solteira e esquecer dos problemas, fadada a se casar com um primo que sequer conhecia por causa de sua reputação falida, ela decidiu que aproveitaria o são João com suas amigas antes de se prender a um casamento que não a traria felicidade. Mas, nessa noite, algo acontece em sua vida e tudo o que ela imaginou que aconteceria muda de uma hora para outra, tudo por causa de um beijo comprado na barraca do beijo, um beijo inesquecível, tanto para ela, quanto para Mateus Ferreira. Ferreira era o dono das maiores fazendas da região, frequentador da comunidade ribeirinha que havia perto de uma das fazendas, conheceu na noite de são João uma morena que virou sua cabeça em uma única noite. Agora, ele precisava encontrá-la, porque uma noite não seria o suficiente para ele!

Leer más

Capítulo 1

Casório forçado - I

Quando o São João chega no interior, tudo fica mais colorido e com sabor. Nessa época do ano, até os dias mais tristes se tornam alegres e, volta e meia, alguma surpresa muito bem-vinda vem acalentar a vida dos que não tiveram tanta sorte no começo do ano.

E esse foi o caso de Cidinha. Uma menina bonita, com belos cabelos castanhos ondulados que desciam até abaixo da sua bunda, olhos de um tom de mel encantador, rosto de anjo, como todos diziam. Tinha traços muito belos, um nariz pequeno, levemente largo, uma pele bronzeada, como um café com leite recém-passado, lábios grossos e muito tentadores. Mas seu rosto não era a única coisa bonita em si, ela era o conjunto da obra, Cidinha tinha um corpo de dar inveja em qualquer moça da comunidade ribeirinha que ficava próximo ao Velho Chico.

Mas sua sorte era, sem dúvida, só essa. Todos ali tinham pouco, mas o pouco que tinham era compartilhado, mas a beleza de Cidinha impactava diretamente em sua vida. As moças comprometidas não gostavam que seus maridos ou namorados interagissem com a pobre Cida, os homens solteiros não tinham tão boas intenções e os casados, infelizmente, a procuravam somente para vê-la como um caso. 

Não tinha mãe, ela havia fugido com um homem muito rico quando Cidinha ainda era uma recém-nascida, seu pai a criou e agora, aos seus 19 anos, cismou que ela precisava se casar, pois, para ele, já estava dando trabalho demais depois do que ocorrera no último ano.

 — Mas painho… — ela reclamou, mais uma vez, batendo os pés no chão da pequena casa de madeira. — Primo Zé tem quase o dobro da minha idade!

— E isso lá importa, Cida? — seu Antônio perguntou, claramente irritado. 

O dia havia acabado de amanhecer e, em breve, seu Antônio sairia para pescar e Cida ficaria em casa, organizando tudo para, quando o pai chegasse, ela estivesse livre para limpar os peixes, que seriam vendidos ainda naquele dia.

O cheiro de café recém passado inundava toda a pequena cabana que, apesar de simples, era muito bem arrumada, já que Cida sempre foi muito prendada. 

Ela deixou uma xícara bem grande de café na frente do pai e limpou as mãos no vestido simples e de cor bege que usada. Aquela não era a cor original dele, mas era sua camisola de dormir e já era muito velhinha, então, estava encardida. 

Seu Antônio era um homem já de meia-idade, tinha poucos cabelos e os que tinha eram grisalhos, seu corpo era magro, aparentemente frágil, mas ele era um homem muito trabalhador e bem forte. Pescava desde moço, então, a pele era queimada pelo sol e, mesmo tendo somente 55, aparentava ser bem mais velho devido aos anos de trabalho no sol árduo e na pescaria. 

— Mas claro! E ele nem de mim gosta mesmo! — ela continuou insistindo, cruzando os braços enquanto o pai bebia um gole de café. — Só olha pras minhas ancas como um…

— Cida! Olha a boca! Tu tem que agradecer que depois de tudo aquilo algum homem ainda te quer! — Antônio deu um tapa na mesa, perdendo a paciência. — Já não é mais moça, se entregou pra um homem casado, casado, Cida! As pessoas nem te olham na rua direito! Seu primo Zé é um homem respeitoso, vai te tratar bem e cuidar de tu! Eu já sou velho, quem vai te cuidar quando eu partir? 

Ela nada respondeu, ainda se sentia acuada quando tocavam naquele assunto e, querendo evitar um novo interrogatório sobre o que a tornou mal falada na comunidade, ela se calou. 

Seu Antônio bebeu o café em dois goles, mesmo quente, então se aproximou de Cidinha, tocando seus cabelos com carinho, a olhando com certa dó.

— Oh, minha fia, a gente gosta de quem gosta de nois… Dê uma chance para o Zé — seu Antônio tentou, mais uma vez, convencer sua filha, apoiando a mão no seu ombro após terminar o café. — Agora pare de pensar muito, quando tu pensa demais acaba tendo umas ideias de girino, vai fazer tuas coisas, mais tarde eu volto. 

— Tudo bem… Mas pelo menos marque esse casamento para depois do São João… Quero me divertir na festa com minhas amigas, uma última vez — ela pediu ao pai, com uma voz chorosa que sabia que iria convencê-lo. 

Antônio nada disse, somente balançou a cabeça como quem desaprova o pedido, mas não negou, nem concordou. Esse ato deu um pouco de esperança para Cidinha, que sentiu que, talvez, tivesse ao menos uma noite de festa e diversão antes de se amarrar ao primo que mal conhecia e de quem sentia nojo. 

 — Pelo menos não perco o festejo, depois penso no que vem — resmungou Cidinha, suspirando enquanto observava o pai sair da casa, batendo a porta e seguindo para começar o dia. 

Não havia muito o que fazer, nem contra o que lutar, ela havia aceitado que a vida era daquele jeito mesmo, só teria dois destinos, o cabaré da beira do rio ou o casamento com o primo Zé, então, entre virar uma puta e uma esposa do lar, ser esposa lhe parecia mais vantajoso, com certeza. 

A melancolia a tomou por longas horas, sabia que não tinha agido certo no ano anterior, mas quem julga as atitudes de uma menina encantada com promessas de amor? Bem, no final, todos julgaram, sem nem saber de fato a verdade, aquilo a machucava muito, afinal, sabia que ninguém de fato acreditaria nela ali. 

Mas, antes que se sentisse pior, ouviu a porta de madeira ranger e, antes que falasse qualquer coisa, a voz estridente de Sandra encheu sua casa.

Desplegar
Siguiente Capítulo
Descargar

Último capítulo

Más Capítulos

Novelas relacionadas

Nuevas novelas de lanzamiento

Último capítulo

user avatar
Graciele Andrade
estava gostando bastante da história e super curiosa pelos próximos capítulos Uma pena não ter finalizado o livro Falta de consideração com os leitores
2025-06-08 08:00:59
0
user avatar
Graciele Andrade
não demore para postar mais capítulos
2025-04-28 04:19:59
2
user avatar
Nilza Aparecida
esperando mais capítulos por favor ...
2025-04-14 10:25:45
2
user avatar
Rosana Deus Fraga
linda estória adorando
2025-04-06 22:08:50
0
42 chapters
Casório forçado - I
Casório forçado - II
Preparativos - I
Preparativos - II
A barraquinha - I
A barraquinha - II
A barraquinha - III
A barraquinha - IIII
Beto - I
Beto - II
Explora y lee buenas novelas sin costo
Miles de novelas gratis en BueNovela. ¡Descarga y lee en cualquier momento!
Lee libros gratis en la app
Escanea el código para leer en la APP