Naquela manhã cinzenta, meu coração pesava como chumbo. Por mais que eu desejasse trocar de lugar com meus irmãos, a realidade me prendia naquele limiar de impotência. A noite havia sido um tormento. Castiel conseguiu reunir a quantia absurda exigida como se fosse troco de bolso - sua frieza diante da situação apenas aumentava o vazio dentro de mim. Salete, sempre firme, se fez colo quando tudo o que eu podia fazer era orar. Supliquei a Deus para não permitir que outro golpe me atingisse. Eu não sobreviveria se algo acontecesse com Lucas ou Kauã.
Assim que o dia nasceu, eles partiram para a ilha. Castiel e seus homens seguiram o plano: deixar o dinheiro, como combinado. Eu implorei que chamasse a polícia, que envolvesse as autoridades - aqueles monstros não podiam continuar impunes. Mas Castiel, com aquele olhar duro, apenas me pediu para confiar nele. E eu confiei. Mesmo que o medo me dilacerasse por dentro.
Às nove em ponto, Paulina ligou novamente. Disse que os meninos seriam liber