As ondas quebravam violentas contra o cais, o cheiro de sal e combustível impregnando o ar noturno. Alejandro observava o mapa no visor enquanto Ramirez finalizava as coordenadas com o restante da equipe.
— Ele não ficou na costa… — Ramirez disse, a voz firme apesar da tensão. — Pegou o barco e seguiu sentido nordeste, rota marítima clandestina. Não há registros oficiais, mas cruzando o sinal, a direção leva para aquelas ilhas abandonadas.
Alejandro apertou os olhos, o maxilar trincado.
— Ele quer se esconder. Jogar o tempo ao favor dele.
Ramírez assentiu.
— Ou ele quer isolar o senhor. Aquelas ilhas são perfeitas pra armadilhas.
— Ótimo. — Alejandro disse, a voz fria como aço. — Quero cada lancha pronta. Vamos pelo mar. Se ele acha que vai ganhar tempo se enfiando numa ilha, tá enganado.
O som dos motores sendo ligados ecoou ao redor. Três lanchas rápidas, armadas e tripuladas pelos homens de confiança de Alejandro, cortavam a escuridão do porto, prontos para partir.
Alejandr