As ondas batiam contra o casco da lancha com força, respingos de água salgada atingiam o rosto de Alejandro, mas ele não desviava o olhar da silhueta escura da ilha à frente.
O contorno da terra firme surgia sob o céu carregado, como uma sombra ameaçadora, um lembrete de que o pior ainda estava por vir.
Ramírez, ao lado, monitorava o GPS, o rádio preso ao ouvido.
— Confirmamos, señor. É ali. As imagens batem com o trajeto do barco do Tiburón. Eles estão na ilha.
Alejandro respirou fundo, o peito comprimido pela raiva e pela angústia.
— E o sinal do celular dele?
— Silenciado. Eles estão operando em modo fantasma agora. Mas a costa está cheia de pontos vulneráveis. Aposto que ele encheu o lugar de armadilhas.
Alejandro assentiu, os olhos frios, implacáveis.
— Ele quer que eu vá… quer me provocar, me fazer perder o controle. Mas eu vou até o fim.
As outras lanchas da equipe estavam logo atrás, todas carregadas de armamento pesado, mas Alejandro já sabia: aquilo não ser