O chão frio de concreto parecia sugar o calor do corpo de Natalie. As cordas apertavam seus pulsos, as mãos formigando, e o gosto metálico de sangue ainda pairava em sua boca, onde a fita adesiva tinha sido removida há pouco.
Ela estava sentada em um canto da sala, os joelhos encolhidos, as costas contra a parede úmida. As luzes do teto piscavam de vez em quando, criando um ambiente ainda mais sufocante e claustrofóbico.
O relógio na parede seguia sua contagem cruel: 05:47:32.
Cada segundo que passava era um lembrete. Ele estava vindo. Alejandro viria. Ela precisava acreditar nisso.
Mas o medo… o medo já tinha se infiltrado, frio como lâmina na pele.
A porta metálica se abriu com um rangido áspero.
Tiburón entrou.
O sorriso dele era largo, quase teatral, enquanto caminhava até ela. O cheiro de cigarro e perfume barato impregnava o ar, mas o que mais incomodava era aquele olhar. Um olhar de quem se diverte com o sofrimento alheio.
— Você tem um espírito forte, linda… isso me dá