O amanhecer chegou sem paz.
As ruas ainda estavam úmidas do sereno da madrugada quando Alejandro desceu as escadas com a mesma roupa da noite anterior. Não havia dormido. O rosto carregava olheiras discretas, mas os olhos escuros seguiam atentos, calculistas, prontos.
Natalie o observava da porta da cozinha com Amaya nos braços, e por um segundo, o coração apertou. Porque mesmo ali, de pé, ele parecia um homem em guerra.
— Você precisa descansar — disse ela em voz baixa, se aproximando.
— Não posso. Não enquanto ele estiver solto.
Ela tocou o rosto dele com a ponta dos dedos.
— E se ele estiver esperando exatamente isso? Que você se desgaste, que baixe a guarda?
Alejandro fechou os olhos por um instante sob o toque dela. Depois abriu, encarando-a com um misto de amor e culpa.
— Não vou permitir que ele se aproxime. De você. Da nossa filha.
— Eu sei, amor. Mas me promete que vai cuidar de você também. Porque a gente precisa de você inteiro. Vivo.
Ele beijou sua test