O relógio marcava quase uma da madrugada quando Alejandro retornou. Estava suado, sujo de poeira e com o olhar mais sombrio do que nunca. Havia passado horas vasculhando a área industrial, ouvindo relatórios de seus homens, revendo imagens de câmeras de segurança e ligando peças do quebra-cabeça que Herrera havia deixado pelo caminho.
Quando cruzou a porta da casa, encontrou Natalie no sofá, com Amaya ainda dormindo sobre o peito. O filme na TV já havia terminado, e só restava a tela parada, iluminando de forma suave o rosto cansado dela.
Ele se aproximou em silêncio. Natalie ergueu os olhos assim que sentiu a presença dele.
— Você demorou — disse, sem reprovação, mas com aquele tom que só quem ama sabe usar.
Alejandro abaixou-se e beijou a testa dela com delicadeza.
— Não achei o desgraçado. Mas achei rastros. Ele tá se divertindo em provocar.
Ela assentiu levemente e, com cuidado, passou Amaya para o berço portátil ao lado do sofá. A bebê resmungou um pouco, mas logo vol