As horas se arrastavam como séculos. O ponteiro do relógio parecia zombar de Natalie, girando devagar demais para o ritmo acelerado de seu coração. Ela não havia saído da poltrona da sala de espera. Nem para tomar água. Nem para respirar direito.
Clara enviava mensagens curtas, mantendo-a atualizada sobre Amaya, que ainda dormia. Mas tudo parecia longe demais agora. O centro de seu mundo estava atrás daquelas portas duplas, onde Alejandro lutava para se manter inteiro.
A porta da sala cirúrgica se abriu por fim.
Natalie levantou de imediato, sentindo as pernas falharem por um instante. Um homem de jaleco verde, com os olhos cansados e a máscara abaixada, caminhou até ela.
— Ele está fora de perigo — anunciou o médico, com voz calma. — A cirurgia foi bem-sucedida. Corrigimos o sangramento interno e estabilizamos as fraturas. Ele vai precisar de repouso absoluto. As costelas fraturadas vão exigir tempo… e paciência.
Natalie soltou o ar que nem percebeu que estava prendendo. As