Verónica ainda segurava Amaya com uma delicadeza quase ensaiada, como se estivesse interpretando um papel. Seus olhos estavam fixos na neta, mas havia algo oculto ali, algo que Natalie reconhecia bem: domínio, orgulho, controle.
Natalie permanecia próxima, atenta a cada gesto. Amaya mexeu-se levemente, soltando um suspiro doce, e Verónica aproveitou para alisar o cobertorzinho rosa com a ponta dos dedos.
— É… talvez ela suavize você, Alejandro, — disse, sem desviar o olhar da bebê. — Ou talvez não. Você sempre foi como o pai: bruto, impulsivo… mas encantador quando queria.
Alejandro arqueou uma sobrancelha, cruzando os braços.
— Não começa com isso — ele disse, direto. — Essa visita é sobre a Amaya, não sobre o passado.
Verónica sorriu, irônica.
— Claro, filho. É sobre a família… apesar de alguns acharem que podem formar uma com qualquer uma por aí.
Natalie engoliu seco, mas não se calou.
— Se “qualquer uma” é quem te deu a neta que agora você insiste em visitar, talve