Theo manteve o rosto sério, em silêncio, mas não desviou os olhos de Lucian, como se aguardasse uma resposta.
Florence abaixou a cabeça e olhou para as próprias mãos ensanguentadas. Apesar da dor evidente, ela não sentia nada. Já estava humilhada o suficiente, sofrendo o bastante. Mas o golpe final ainda estava por vir.
Lucian lançou um olhar profundo como um abismo na direção de Florence. Seu rosto, sereno como um lago congelado, emanava apenas frieza e indiferença.
— Não é da minha conta.
As feridas em suas mãos se esfregavam repetidamente no tecido áspero do casaco. Fragmentos minúsculos de vidro se cravavam ainda mais na carne, mas Florence já estava entorpecida.
Ronaldo, percebendo a oportunidade, passou um braço ao redor da tensa Florence e sorriu:
— Obrigado pelo apoio, tio.
Se alguém mais estivesse presente, poderia até pensar que Ronaldo tinha sentimentos profundos por Florence.
Mas Florence sabia a verdade. Ele apenas usava aquelas palavras para provocar Lucia