O caos tomava conta de Roma. Cinco dias sem Cecília.
A cidade ardia com a fúria da Trindade. Fellipo já não era um homem, era um demônio que não descansaria até tê-la de volta.
Mas nada. Nenhuma pista concreta. Nenhum rastro além de corpos de chineses espalhados pelas ruas.
Então, ele teve uma ideia insana.
Uma ideia que beirava o impossível.
Mas e daí? Que se foda.
Voltou para casa, onde Seu Pietro dormia tranquilo, alheio à guerra. Thor estava deitado aos pés da cama, vigilante, como se soubesse que algo estava muito errado.
Fellipo se ajoelhou na frente do mastim napolitano e segurou seu rosto entre as mãos calejadas.
Olhou nos olhos do animal.
— Nossa Cecília foi sequestrada — sua voz saiu baixa, carregada de dor e fúria. — Eu vou queimar Roma, o caralho da Itália… mas preciso de você.
Thor ficou imóvel, encarando seu dono. Fellipo sentia que ele entendia.
— Consegue achar ela?
O cão latiu sem hesitar.
O coração de Fellipo acelerou. Seu peito subiu e desceu em um suspiro pesado.
—