Fellipo se levantou devagar, cuidadoso para não acordar ninguém. O chão da sala, coberto de colchões e corpos adormecidos, era como um quadro vivo de paz e amor.
Ele ficou de pé, as mãos cruzadas atrás das costas, e deixou o olhar vagar lentamente por tudo que havia construído — não com as mãos, não com armas, não com medo... mas com amor, coragem e escolhas diferentes das que tinham sido feitas antes dele.
Ali estava sua mulher — Cecília, a luz da sua vida — com o cabelo bagunçado, abraçando duas de suas filhas pequenas. Seus irmãos — Leonardo e Fernando — estavam tombados nos colchões também, com Lorenzo e as outras duas meninas aninhadas junto deles.
Samara e Isadora dormiam com sorrisos leves no rosto, como anjos protetores.
Fellipo sentiu a garganta apertar. Uma lágrima grossa rolou sem vergonha pelo seu rosto forte.
Porque naquele momento, olhando para tudo, ele teve a certeza:
Ele venceu.
Não era mais um Colombo marcado pelo ódio, pelo abuso, pelo veneno do passado.
Ele