Fellipo puxou o caixote com uma força que nem sabia que tinha. A madeira cedeu.
Ele não respirava.
Ele não piscava.
Um segundo.
Foi o suficiente para destruir o que restava dele.
Ali, jogada como um objeto descartado, ensanguentada e machucada, estava Cecília.
Seu mundo parou.
— CECÍLIA!
O grito foi um trovão dentro daquele buraco de morte.
Ele se lançou sobre ela, puxando-a contra o peito, as mãos tremendo, os olhos ardendo.
— AMORE, PELO AMOR DE DEUS, OLHA PRA MIM!
Ela não reagiu.
O desespero o consumia como fogo em palha seca.
O sangue dela manchava suas roupas, suas mãos, sua alma.
Thor saltou para perto, rosnando como um monstro, protegendo-os de qualquer um que se aproximasse.
Leonardo tentou falar.
— Fellipo, irmão…
Nada.
Ele não escutava.
Só sentia o peito subir e descer sem controle, o coração batendo rápido demais, a garganta travada em terror absoluto.
Fernando se aproximou com cautela.
— Temos que sair daqui. Agora.
Foi Leonardo quem teve que tomar as rédeas.
Ele se abaixou