Cecilia caminhava lentamente pela rua, os olhos vasculhando cada canto escuro, o coração batendo forte no peito. Ela sabia que não estava ficando louca. Sabia que sentira o cheiro dele.
Fellipo.
Ela apertava a coleira de Thor, que estava inquieto, fungando o ar como se tivesse certeza de que o homem estava ali por perto.
— Thor, para... — sussurrou, a voz embargada. — Não tem ninguém aqui.
Mas Thor não desistiu. Ele puxou a coleira, indo direto para um carro estacionado no final da rua, latindo e arranhando a porta com as patas enormes.
Cecilia franziu a testa, se aproximando devagar. O vidro estava embaçado, e a escuridão do interior do carro não deixava ver nada com clareza.
Ela colocou as mãos sobre o vidro, tentando espiar para dentro.
— Fellipo? — chamou, a voz quase um sopro.
Silêncio.
Dentro do carro, Fellipo estava com o corpo tenso, o coração disparado. Suas mãos tremiam no volante, e ele apertava os olhos com força, como se isso o tornasse invisível.
Ele não podia deixar ela