Em uma noite silenciosa, depois que todos na mansão já haviam se recolhido, Leonardo e Fernando se reuniram no escritório. Eles já estavam preocupados com Fellipo há dias — o amigo parecia cada vez mais destruído, mais sombrio, como se carregasse o inferno nos ombros.
Foi Fernando quem teve a ideia.
— A gente precisa arrancar isso dele. — disse, cruzando os braços. — Se continuar assim, ele vai acabar se matando numa dessas missões.
Leonardo assentiu, o olhar firme, mas carregado de preocupação.
— Eu vou chamar ele agora.
Eles não deram escolha a Fellipo. Fernando foi até o apartamento dele e praticamente o arrastou para a mansão, empurrando-o para dentro do escritório.
Fellipo estava acabado. Olheiras profundas, rosto pálido, os dedos tremendo levemente. Ele já nem tentava disfarçar.
Leonardo fechou a porta e apontou para a poltrona.
— Senta.
Fellipo revirou os olhos.
— Se for pra ouvir sermão...
— Cala a boca e senta. — Fernando rosnou, empurrando-o para baixo até que ele caísse na p