Na noite seguinte, Cecilia saiu para sua caminhada habitual, com Thor trotando ao seu lado. Ela passava a mão na barriga de vez em quando, respirando fundo, como se o ar fresco ajudasse a aliviar o mal-estar que a perseguia nos últimos dias.
Mas algo estava estranho.
Thor, que normalmente corria à frente, parava a cada poucos metros e olhava para trás, as narinas dilatando como se captasse um cheiro familiar.
Fellipo estava ali, escondido na escuridão, mais uma vez. As mãos tremiam dentro do bolso da jaqueta, e o coração batia tão forte que ele achava que Cecilia conseguiria ouvir. ele se tornou um drogado em abstinência e sua droga era Cecilia.
Ele nunca se cansava de olhar para ela.
Mas, dessa vez, Thor não o ignorou.
O cachorro parou de repente, olhou fixamente para onde Fellipo estava escondido, e latiu baixo, mas firme.
Cecilia franziu o cenho e puxou a coleira.
— Thor? O que foi? — Ela olhou ao redor, mas não viu nada além das sombras da noite.
Fellipo cerrou os dentes e sussurro