A luz suave do fim da manhã banhava a mansão com um brilho dourado quando Fellipo e Cecília desceram as escadas, prontos para sair. Ela usava um vestido leve e fluido que marcava delicadamente a silhueta do início da gravidez, e o cabelo preso num coque despretensioso a deixava com um ar sereno e maternal. Fellipo, sempre impecável, mantinha aquela elegância firme que era parte de sua essência, mas com os olhos suaves e atentos à mulher ao seu lado.
Antes de cruzar a porta, Cecília segurou a mão dele e o puxou delicadamente em direção à cozinha. Sabia que Dona Inês estaria lá — atenta, sempre presente com seu avental florido e aquele cheiro delicioso de pão assando no forno.
— Dona Inês — Cecília chamou, com um sorriso acolhedor.
A senhora virou-se e, ao vê-los, iluminou-se com carinho. Seus olhos se demoraram no semblante feliz de Cecília e na firmeza com que Fellipo a segurava pela mão.
— Estamos indo para o pré-natal — Cecília começou, se aproximando — mas voltamos para o jantar. E…