O salão ainda ecoava risos e música quando Salvattore tomou a mão de Rafaella entre as suas e a conduziu para fora da festa. O céu já começava a mudar de tom, e havia uma leveza no ar que ele queria preservar. Aquela noite não merecia ser encerrada entre taças esquecidas e passos arrastados de convidados embriagados de alegria.
— Vamos pra casa? — perguntou baixinho, com os olhos nos dela.
— Agora? — ela sorriu, surpresa.
— Agora. É hora de te levar pra nossa casa. A verdadeira festa começa quando estamos só nós dois.
Rafaella não disse nada. Apenas assentiu com um brilho nos olhos e deixou que ele a guiasse.
A Villa Bianchi parecia respirar em silêncio quando chegaram. As luzes da fachada estavam baixas, suaves, como se respeitassem o momento. Salvattore a carregou no colo pela entrada, sentindo o coração disparar como se tivesse dezenove anos outra vez. Ela riu baixinho, aninhando-se contra seu peito.
Assim que atravessaram a porta, Rafaella estacou.
O chão da casa estava coberto po