Capítulo 26 – Entre Espinhos e Sol.
Ponto de vista de Salvattore.
O apartamento estava silencioso, mas meu coração não.
Caminhei lentamente pelo corredor, cada passo ecoando como um lembrete dos dias de inferno que haviam ficado para trás. Rafaella dormia no quarto, exausta. Depois de tudo... depois da tortura, da dor, da encenação do funeral, do sangue — ela ainda respirava. Ainda estava comigo.
A luz dourada do fim da tarde invadia a sala, iluminando as flores que espalhei pela casa. Rosas vermelhas como o sangue que derramei por ela. Girassóis, como a luz que ela trouxe para minha vida. Cada pétala era uma promessa silenciosa. Eu nunca deixaria que a tocassem novamente.
Sentei-me no sofá com um copo de uísque entre os dedos, mas o sabor queimava menos que a saudade que senti mesmo com ela dormindo a poucos metros de mim. Rafaella. Meu caos. Meu alívio. Minha única verdade.
Ela apareceu minutos depois, com os cabelos ainda úmidos do banho e um dos meus suéteres caindo pelos ombros. Me fitou em silêncio, olhos castanh