Chamado da lua
O céu ainda tinha restos do eclipse, como manchas de sangue espalhadas entre as nuvens. Não havia cor pura, nem luz verdadeira. Tudo parecia meio quebrado, meio desfocado — como se o mundo ainda estivesse tentando descobrir onde começava a vitória e onde terminavam os destroços.
Rebecca mal conseguia ficar de pé.
O corpo tremia.
Os músculos ardiam.
A alma… doía.
A magia roxa sob sua pele estava mais fraca do que nunca, mas continuava ali, insistindo em pulsar mesmo quando o resto dela quase desmoronava. Após o sacrifício, parte dela parecia ter sido arrancada, mas outra parte permanecia queimando como brasas escondidas sob cinzas.
Danilo estava ao seu lado, respirando com dificuldade, ainda meio transformado, apoiando-se nas próprias patas traseiras como alguém que tentava lembrar como se caminhava. Ele não desmaiou — porque o instinto Alfa não permitia —, mas era claro que estava no limite entre a força e o colapso.
Ainda assim, ele se movia para ficar entre Rebecca