Ela precisava encontrar Lyra.
Antes que fosse tarde demais.
Petra corria como se o próprio inferno estivesse em seu encalço. A capa que usava voava atrás de si como uma sombra desesperada, os cabelos embaraçados grudavam no rosto suado, e cada passo parecia mais doloroso que o anterior. Suas pernas tremiam, o coração martelava dentro do peito, mas ela não ousava parar.
— Lilian… — soluçou entre os dentes cerrados. — Por favor, me perdoa…
As lágrimas cortavam seu rosto sujo enquanto ela cambaleava pela trilha irregular da floresta. Tinha certeza de que os renegados ainda estavam atrás dela. Ouviu o som das patas correndo entre as árvores, os galhos quebrando, os rosnados animalescos que faziam seus ossos congelarem. E estavam perto, muito perto.
Ela forçou o corpo a ir mais rápido. Tropeçou, caiu de joelhos, mas se levantou com um grito estrangulado e continuou. O nome de Lilian ainda ecoava em sua mente, cravando-se como uma lança em seu coração.
— Você não vai morrer em vão… — sussur