— Me desculpa por… por como a gente dormiu. — Ele passou a mão pela nuca, um pouco constrangido. — Você tremia muito. Achei que se eu te aquecesse, ajudaria a estabilizar… seu corpo.
Lyra o olhou devagar, os olhos apertados em desconfiança.
— Você não pode simplesmente… me abraçar enquanto eu durmo.
A acusação foi seca.
Fria.
Como se o pequeno gesto de carinho tivesse sido uma invasão.
River ficou visivelmente desconfortável.
— Eu sei. — Disse baixo. — Não queria invadir seu espaço, só estava tentando ajudar. Você estava queimando, Lyra, fiquei assustado.
Ela cruzou os braços, desviando o olhar, os lábios pressionados numa linha fina. O rosto corado pela febre parecia agora ainda mais vermelho pela vergonha ou raiva, ele não saberia dizer.
River, percebendo a rigidez dela, respirou fundo e se calou. Não queria deixá-la ainda mais na defensiva, o cheiro dela já tinha mudado, estava tensa, assustada.
Levantar o acampamento foi um processo silencioso. Lyra recolheu as coisas menores, i