No acampamento, o rei das montanhas andava de um lado pro outro com aquela energia de tempestade dentro do corpo. O corpo ainda estava dolorido por causa do encontro com a Luna da Lua Sangrenta, mas o orgulho doía mais. Já tinha mandado batedores pra todos os lados, aumentado o turno, prometido recompensa pra quem trouxesse a loba-oráculo ou pistas sobre seu paradeiro. E, ainda assim, alguma coisa fora de ordem incomodava como pedra no sapato.
— Onde estão as minhas? — perguntou, sem olhar pra ninguém específico.
Ninguém respondeu num primeiro instante, e isso foi o bastante.
— As duas — Atlas insistiu, agora olhando de um em um como quem confere a coragem. — Cecile. Jully. — O nome no tom dele era propriedade.
Um soldado mais novo engoliu um “não sei” que não teve tempo de virar palavra.
— Procurem — Atlas disse, o ar ficando frio à volta. — Agora!
Não precisou de vinte minutos para trazerem o relatório torto: correntes no chão da tenda vazia, rastro fraco de sangue que misturava com