A mata ficou silenciosa subitamente, o tipo de silêncio que vem depois do caos, do tipo de quando os pássaros voam, os galhos pararam de ranger e até o vento parece estar prendendo a respiração.
Lyra sentia cada centímetro do chão sob os pés como se ele vibrasse por dentro. A floresta, viva e antiga, sussurrava por baixo da pele e o vínculo com River seguia ardendo, mas distante o suficiente pra que ela mantivesse o foco.
“Primeiro os filhos, depois o resto do mundo.”
Passos, vários.
Ela virou o rosto na direção dos galhos partidos, rasteiras rápidas, botas técnicas, armas.
Batedores.
Cinco… Não, sete.
Eles saíram da sombra como sombras com dentes: roupas pretas coladas ao corpo, coletes leves, armas curtas, todos da tropa de Atlas. Os olhos de um deles brilharam quando a viram, como se tivessem encontrado um prêmio que não esperavam.
— Achei alguém! — gritou o primeiro. — Aqui! Uma mulher!
Dois já estavam se transformando. O estalo de ossos veio alto, acompanhado do crescer de pata