Virei-me imediatamente.
Gregory estava parado no meio do corredor, apoiado na muleta de madeira como sempre, a outra mão estendida na minha direção. A expressão dele era séria, mais séria do que eu lembrava ter visto nos últimos meses. A neblina que entrava pelas janelas parecia dramatizar ainda mais o contorno dele: alto, firme, mas com a perna esquerda rígida, marcada por anos de servidão pesada.
Eu forcei um sorriso.
— Não precisa, Gregory. — ergui a mala um pouco. — Eu consigo. Você já tem peso demais pra carregar.
Ele franziu o cenho, avaliando minhas palavras e o corredor ao mesmo tempo.
— Se cuida, menina.
Algo na forma como ele disse aquilo fez minha espinha se encolher. Não era só um conselho. Parecia um aviso.
Segurei a mala com mais força.
— Seis meses… — tentei rir, mas minha voz falhou. — Quer dizer… sete horas de estrada, seis meses longe. Só para chegarmos até a noiva de William, Vai passar rápido.
Gregory não riu.
Ele apenas apertou os lábios, como se não qui