Luna o encarava, o coração acelerado, os olhos fixos nos dele. Leonel parecia lutar consigo mesmo, entre o desejo de protegê-la e o medo de afastá-la com a verdade. Mas ela estava ali, firme, determinada a enfrentar qualquer tormenta com ele.
— Leonel… o que você fez?
Ele respirou fundo, desviando o olhar por um instante. Caminhou até a mesa, pegou o envelope novamente, e o entregou a ela. Suas mãos tremiam levemente.
— É uma cópia de um contrato. Assinado por mim, anos atrás. Um investimento ilegal que quase afundou a empresa do meu pai. Eu tentei consertar… paguei, silenciei testemunhas. Achei que tinha enterrado isso. Mas Guilherme… ele guardou tudo.
Luna folheou os papéis, os olhos absorvendo cada linha. Eram documentos sérios, perigosos. Se fossem parar nas mãos da imprensa, a imagem de Leonel estaria arruinada.
— Por que você fez isso?
Ele se aproximou lentamente, a voz embargada.
— Na época, eu era movido por ambição, raiva… e solidão. Não conhecia amor. Não conhecia você.
Ela