O salão principal do hotel Ritz-Carlton estava tomado. Luzes, câmeras, jornalistas e influenciadores de todo o país aguardavam ansiosos pela coletiva de imprensa que prometia estremecer os alicerces da elite empresarial. Ao centro do palco, uma mesa simples, dois microfones e o logotipo da Moreau Corporation e da nova Fundação Aurora — o projeto social recém-anunciado por Alexander Moreau.
Atrás da cortina, Sophia ajeitava a maquiagem com as mãos trêmulas. O coração batia descompassado, não pela multidão à espera, mas pela exposição. Pela primeira vez, ela apareceria como algo além da refém, da vítima ou do escândalo. Ela seria reconhecida como mulher, como líder, como força.
Alexander, ao lado dela, usava um terno impecável e um sorriso que misturava arrogância e orgulho.
— Nervosa? — ele perguntou, ajeitando uma mecha solta do cabelo dela.
— Um pouco — ela confessou.
Ele se inclinou, os lábios roçando o lóbulo da orelha dela.
— Então finge que estamos sozinhos. Só você e eu. Como na